Segurança e Limpeza

Aprenda como fazer o descarte de resíduos corretamente

Você sabia que, muitas vezes, o descarte de resíduos hospitalares é feito de maneira inapropriada? Isso vem trazendo diversos prejuízos para as pessoas e para o meio ambiente, sendo necessário corrigi-lo o mais rápido possível.

Os materiais utilizados em hospitais, clínicas, consultórios, postos de saúde, centros de pesquisa, laboratórios de farmacologia e necrotérios, entre outros serviços referentes à saúde, precisam ser coletados, tratados e descartados com muita atenção e cuidado. Afinal, eles podem apresentar diversos riscos e danos.

Se você quer saber mais sobre a gestão de resíduos, continue a leitura!

Como fazer a separação dos diferentes tipos de resíduos?

Os hospitais e demais órgãos de saúde produzem diferentes tipos de resíduos, desde matérias químicas, biológicas e tóxicas até materiais mais gerais.

Separar esses itens de acordo com suas características e seus níveis de risco é essencial para a segurança e a qualidade do descarte. Afinal, cada tipo de resíduo exige certas particularidades em seu tratamento, sua coleta e seu destino.

A CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), responsável pelo estabelecimento de normas relativas à manutenção da qualidade do meio ambiente, determina a necessidade de realizar treinamentos para funcionários que executarão essa separação. Assim, já se pode ter uma ideia do quanto essa função é importante.

De modo geral, os resíduos hospitalares se dividem em 5 grupos principais.

Resíduos infectantes ou biológicos

São aqueles que, possivelmente, contêm a presença de agentes biológicos. Eles são considerados extremamente perigosos e têm alto potencial para causar infecções. Alguns exemplos são: sangue, excreções e membranas.

Resíduos químicos

Também bastante perigosos, estes elementos são aqueles que contêm alguma substância química, apresentando riscos à saúde ou ao meio ambiente. Aqui estão todos os resíduos com componentes químicos, independentemente de apresentarem reatividade, corrosividade, inflamabilidade ou toxicidade.

Alguns exemplos são: medicamentos, substâncias utilizadas para revelar raio X, resíduos saneantes, desincrustantes, desinfetantes, reagentes (usados em testes manuais, por exemplo) e efluentes de equipamentos.

Resíduos radioativos

São quaisquer resíduos com carga radioativa, sendo que esta, muitas vezes, pode estar acima do padrão, o que também caracteriza um fator de risco. São exemplos: resíduos de radioterapia ou da medicina nuclear.

Resíduos perfurocortantes

São objetos, instrumentos ou quaisquer materiais que possam furar ou cortar. Alguns exemplos desse tipo de resíduo são: lâminas, bisturis, vidro, ampolas, escalpes e agulhas.

Resíduos comuns

Aqui estão os resíduos que não tenham sido contaminados e não apresentem as características citadas acima. Alguns exemplos são: luvas, sobras de alimento e gesso.

É válido destacar que esses grupos podem, por sua vez, estarem divididos em subcategorias e que estas também devem ser levadas em consideração na hora de separar os materiais, para que o processo seja feito de forma completa.

O local de armazenamento dos resíduos hospitalares não deve estar localizado junto às áreas de estocagem de alimentos, materiais clínicos, medicamentos ou itens de consumo e vestuário, para evitar infecções cruzadas.

Quais riscos o descarte incorreto pode gerar?

Muitas vezes, em virtude da falta de informação e de costumes populares, os resíduos hospitalares acabam não sendo eliminados de maneira correta, o que pode trazer graves prejuízos. Tanto a saúde (individual e coletiva) quanto o meio ambiente correm riscos quando o descarte não é adequado. Por isso a conscientização sobre o assunto é extremamente importante.

Todos os tipos de rejeitos, sejam eles biológicos, radioativos, químicos, perfurocortantes, provenientes de laboratório ou áreas de isolamento e internação causam graves alterações e problemas ambientais. Além de poluírem e contaminarem o solo, a água e até mesmo o ar, esses materiais também atingem e prejudicam os seres vivos.

Vários materiais são capazes de provocar doenças ao entrarem em contato direto ou indireto com o ser humano. Além disso, os resíduos contaminam a água e o solo, causando infecções e diversos outros danos à saúde. Muitos também podem ser inflamáveis, trazendo riscos de incêndio.

Por fim, lembramos que as proporções do perigo podem se ampliar caso os rejeitos cheguem a rios, mares ou lençóis freáticos, pois se espalharão ainda mais. É essencial se conscientizar e realizar o descarte de resíduos de forma correta.

Como conscientizar os colaboradores para fazer a separação e descarte de resíduos da maneira correta?

É essencial, segundo as normas, que os colaboradores recebam treinamento sobre a separação, a coleta e o descarte de resíduos. A CONAMA oferece subsídios para que os hospitais e as outras instituições elaborem planos de gerenciamento desses materiais. Assim, faz parte das obrigações dos órgãos, empresas e serviços de saúde utilizarem esses recursos.

Além disso, é preciso encontrar outros meios para reforçar a conscientização. O oferecimento de palestras e o estímulo para que se converse e se divulgue o assunto são alguns exemplos de atitudes que podem contribuir nesse sentido.

É importante que os colaboradores sejam informados a respeito dos danos envolvidos na realização inadequada dessas tarefas, apontando os riscos existentes para eles, a comunidade e o meio ambiente. Ou seja, é necessário conscientizá-los, instruí-los e fornecer-lhes recursos para contribuírem e efetuarem essa prática da melhor forma possível.

Como é feita a coleta e onde esses materiais devem ser descartados?

A coleta, o transporte e o descarte de resíduos devem ser feitos com muito cuidado e segurança. Não são poucos os casos de acidentes, ocorridos neste processo, que acabaram causando contaminações, infecções e outros danos.

Independentemente do material coletado, é extremamente importante utilizar equipamentos de proteção (como luvas e outros acessórios) e recipientes adequados. Além disso, deve-se saber a destinação adequada para cada resíduo. Afinal, como cada tipo de dejeto apresenta características específicas, seus destinos também serão diferentes.

Vejamos, a seguir, algumas características da coleta e do descarte de cada categoria de resíduos.

Resíduos infectantes ou biológicos

Os materiais infectantes devem ser colocados, em um primeiro momento, em sacos especiais e autolaváveis, etiquetados com um alerta de risco. Posteriormente, eles são destinados à desinfecção, valas assépticas ou incineração (em último caso).

Resíduos radioativos

Os resíduos radioativos também devem ser colocados em embalagens protegidas e blindadas. No entanto, eles precisam ser armazenados até atingirem um nível de reação que permita levá-los ao seu destino final, que costuma ser em depósitos específicos para lixo radioativo ou a incineração.

Resíduos químicos

Estes materiais, por sua vez, devem ser coletados em suas embalagens originais e colocados em recipientes inquebráveis, envolvidos por sacos plásticos. O destino destes resíduos costuma ser o retorno a seus fabricantes.

Resíduos perfurocortantes

Estes materiais devem ser coletados em recipientes rígidos, como caixas de papelão específicas. Seu destino final é a coleta para depósitos especiais, a desinfecção ou a incineração.

Resíduos comuns

Os resíduos comuns (aqueles que não estão contaminados e não oferecem grandes riscos) podem ser reciclados, na maioria das vezes. Assim, eles precisam ser levados a centros de reciclagem ou a postos de coleta seletiva.

Por mais popular que seja, o processo de incineração não é sempre a melhor alternativa. Afinal, ele pode gerar cinzas poluentes. O correto é buscar outros meios (como a esterilização e a desinfecção, por exemplo) e fazer o uso desta técnica apenas se for realmente necessário. Seja qual for o processo escolhido, é essencial que ele tenha uma fiscalização rigorosa.

Além disso, os contentores dos resíduos devem ser adaptados e restritos apenas ao pessoal autorizado, além de serem mantidos em locais de acesso rápido ao exterior. É importante, ainda, que esses recipientes sejam resistentes, laváveis e desinfetáveis, além de terem fácil manuseio (especialmente os que forem destinados a resíduos mais perigosos).

O recolhimento dos materiais armazenados deve, obrigatoriamente, ser realizado periodicamente. O prazo varia de 3 a 7 dias, caso haja um sistema de refrigeração.

Por fim, lembramos que os serviços de saúde também têm a opção de contratar empresas especializadas nessas tarefas. É essencial, apenas, que elas sigam as normas pré-estabelecidas pelo MTE (o órgão responsável pelo regulamento do trabalho e empregos, referentes ao armazenamento e à destinação da coleta de lixo hospitalar).

Esperamos que tenha aproveitado as informações sobre a gestão, a coleta e o descarte de resíduos! Para saber mais e acompanhar nossos conteúdos, não se esqueça de assinar a newsletter!

Sobre o autor

Seguridade

A Seguridade é uma empresa consolidada no mercado, atendendo toda a região Sul do país e o estado de São Paulo, nos tornamos referência nos segmentos de segurança privada, limpeza e conservação, jardinagem, bombeiros industriais, serviços de rh e outros serviços.

Deixar comentário.

Share This