Imprevistos podem ocorrer com todos nós e por vezes acontecem em momentos em que o indivíduo está despreparado, podendo gerar situações embaraçosas, como não ter de onde tirar recursos próprios para atender a demanda que inesperadamente surgiu e olha que podem ser as mais diversas situações, como questões relacionadas a saúde, acidentes de transito com danos nos veículos, desemprego, falecimento de algum familiar, uma manutenção de emergência na moradia, enfim, são inúmeras as situações, que demandam por dinheiro além da normalidade mensal, para o que, uma parcela muito grande das pessoas, não está preparada para absorver.
Em não estando preparado, resta ao indivíduo recorrer a empréstimo bancário, se estiver com boas condições de crédito, avançar no limite do cheque especial, quando suficiente, ou mesmo a empréstimos junto a familiares ou amigos, para tentar resolver aquela necessidade inesperada que surgiu.
Esse cenário que colocamos é mais comum do que podemos imaginar e leva a pessoa a se afundar em endividamentos maiores ainda, onde à essa altura, as taxas de juros que acabará contratando, são altas e na ansiedade de resolver o seu problema, arcará com esses custos e ainda se sentirá aliviado, ao menos num primeiro momento.
Por isso, tão importante a formação de uma reserva de emergência, que deveria fazer parte da organização financeira de qualquer pessoa, mesmo aquelas com menores níveis de renda.
O conceito aqui não é tanto o aprofundar opções de investimentos, para esse fim, até porque terá que se atentar a alternativas que permitam o resgate imediato, quando necessário, o que a nível de rentabilidade, normalmente não tem as melhores rentabilidades. Mas ainda assim, é possível encontrar boas alternativas no mercado seja em Fundos de Investimento, Tesouro Direto Selic, entre outros. Mas o foco principal para esse fim é a formação da reserva mesmo. Nesse sentido, admitamos um exemplo de uma pessoa com poucas possibilidades, mas que decididamente destinará uma reserva mensal de R$150,00 por mês, o que significa que em um ano terá acumulado R$1.800, em dois anos R$3.600,00 e em três anos R$5.400,00, mais o rendimento acumulado no período, que irá variar conforme seja a forma de guardar esses recursos.
Importante que para o êxito desse propósito de formação de uma reserva, precisa haver acima de tudo disciplina e determinação.
E não é esperar chegar no final do mês e se sobrar guardar, pois se assim o fizer, não irá funcionar, pois não irá sobrar.
Então a indicação é para que primeiro se reserve esse valor assim que ingressar a sua receita e depois se parta para o pagamento das contas e demais gastos do mês.
Dessa maneira, em pouco tempo o indivíduo terá resolvido esse problema que é estar sempre no “fio da navalha” quando o assunto é dinheiro e qualquer imprevisto, já lhe pega desprevenido. Com a formação de uma reserva, haverá mais tranquilidade em relação ao dinheiro, como dissemos, ainda que sua renda seja modesta.
Claro que esse exemplo simples que mencionamos, pode também ser aplicado para outros valores, conforme seja a sua condição, então poderá atribuir um percentual mensal, em torno de 10% pelo menos, para a formação dessa reserva de emergência, lembrando que para esse fim, o dinheiro precisa estar disponível para resgate imediato, já que o propósito é a disponibilidade, para fazer frente a imprevistos que levam a demandas financeiras não programadas.
Olivio Zanotti
Gerente de Controladoria Corporativo
Grupo Seguridade